A Igreja, a Torre e a vista
Hamburgo tem muitas igrejas grandes – mas a de S. Miguel é única
Do topo da sua torre, com 132 metros de altura, temos uma vista fabulosa de Hamburgo, do porto e da paisagem circundante – e exactamente por aqui começámos a visita a Hamburgo.
Foi reconstruída três vezes entre 1641 e 1912 e ficou completamente destruída duas vezes devido a incêndios.
A Igreja Evangélica de São Miguel, carinhosamente chamada de “Michel” pelos habitantes de Hamburgo, é mais do que apenas um marco impressionante com vista para a cidade Hanseática, é a própria identidade dos habitantes de Hamburgo.
No interior, quatro órgãos com cerca de 10.000 tubos, garantem uma experiência sonora única. No século XVIII, Georg Philipp Telemann e seu afilhado Carl Philipp Emanuel Bach, filho do famoso compositor Johann Sebastien Bach, foram directores musicais de Hamburgo e actuaram por diversas vezes nesta igreja.
Um dos órgãos, o do lado esquerdo, é o de CPE Bach que chegou a ocupar o cargo de Director Musical de Hamburgo por mais de 20 anos e encontra-se sepultado na Cripta da Igreja de S. Miguel.
Johannes Brahms foi baptizado e confirmado aqui, e a criação da Segunda Sinfonia de Gustav Mahler está intimamente ligada a esta igreja.
Além de um interior barroco em festivos branco e dourados, muito bonita e luminosa e uma bela vista da torre dos sinos sobre toda a cidade, o espírito desses mestres compositores ainda hoje pode ser sentido através de vários concertos e nas devoções diárias do meio-dia que incluem uma performance de órgão.
Podemos subir à torre, por escadas ou por elevador.
Subindo pelas escadas podemos visitar um pequeno museu com toda a história da Igreja e ver os sinos.
Depois, chegando à plataforma a 106 m de altura, temos a vista panorâmica de 360 ° sobre o centro da cidade, o porto com a Hafencity e a Elbephilarmonica e Speicherstadt, Reeperbahn e DOM – ou Köhlbrandbrücke, Alster, o Estádio e o Aeroporto.
Na descida visitamos o relógio.
O grande relógio da torre só tinha um ponteiro e isso geralmente era o suficiente. Mas o povo de Hamburgo queria acompanhar os tempos e ter um relógio com 2 ponteiros mas as tecnologias da época não eram as mais fiáveis principalmente tendo em conta o tempo na região de Hamburgo.
Depois que um relojoeiro de Estrasburgo, desde 1912 garantiu que os relógios de Hamburgo funcionassem correctamente , este relógio manteve-se em bom funcionamento e é o maior relógio de torre da Alemanha, com uns impressionantes 8 metro de diâmetro e em funcionamento há mais de 50 anos.
Hoje o mecanismo de control do relógio é electrónico mas o velho relógio mecânico continua a funcionar e correctamente.